Desembargador Macário Júdice Neto é preso em operação da PF sobre corrupção

Eduardo Mendonça
Tempo: 2 min.

Em 16 de dezembro de 2025, a Polícia Federal prendeu o desembargador Macário Júdice Neto, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, durante a Operação Unha e Carne 2. Esta operação investiga o vazamento de informações sigilosas a membros do Comando Vermelho, um dos maiores grupos criminosos do Brasil. A prisão ocorre em um contexto de crescente preocupação com a integridade do sistema judiciário e suas interações com o crime organizado.

Macário Júdice Neto, que atua como relator em um caso envolvendo o ex-deputado Thiego Raimundo dos Santos, conhecido como TH Joias, é acusado de ter favorecido o grupo criminoso. Sua trajetória inclui um longo afastamento de 17 anos por acusações de venda de sentenças, antes de ser reintegrado em 2022 pelo Conselho Nacional de Justiça, que considerou que o prazo para julgamento de um processo disciplinar havia sido extrapolado. Essa reintegração, no entanto, não o isentou de novas investigações e acusações graves.

As implicações dessa prisão podem ser significativas. Além da reputação do desembargador, que já havia enfrentado um histórico de controvérsias, a situação levanta questões sobre a eficácia das instituições judiciais e a necessidade de reformas no sistema. A investigação também pode ter desdobramentos sobre outros envolvidos, incluindo conexões familiares que podem complicar ainda mais o cenário jurídico e político ao redor do caso.

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