Na manhã de terça-feira, a Polícia Federal prendeu o desembargador Macário Júdice Neto, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), em uma nova fase da Operação Unha e Carne 2. Essa operação investiga o vazamento de informações sigilosas para membros do Comando Vermelho, um notório grupo criminoso. Macário é o relator do caso do ex-deputado Thiego Raimundo dos Santos, conhecido como TH Joias, que também está preso por suas conexões com a organização criminosa.
O desembargador havia retornado ao cargo em 2022, após 17 anos afastado devido a acusações de venda de sentenças na Justiça Federal do Espírito Santo. O retorno foi decidido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que concluiu que o prazo para julgamento de um processo administrativo disciplinar havia sido ultrapassado. Apesar de ter sido promovido em 2023, o magistrado já enfrentava novos problemas legais relacionados à sua conduta durante o tempo em que esteve afastado.
As implicações da prisão de Macário Júdice Neto são significativas, pois destacam a fragilidade do sistema judiciário em casos de corrupção e a necessidade de vigilância constante sobre magistrados. Com a investigação em curso, o papel de sua esposa, que atuava em um gabinete na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, também está sendo analisado, embora sua conexão direta com o caso ainda não tenha sido esclarecida. A situação levanta preocupações sobre a integridade das instituições judiciais e políticas no Brasil.

