A Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional (ENBPar) implementou medidas emergenciais para evitar um déficit de caixa na Eletronuclear em 2025. As ações incluem a postergação de pagamentos e a rolagem de dívidas, conforme informado em ofício enviado a ministros do governo no dia 12. A ENBPar destaca que essas iniciativas são temporárias e visam resolver a situação apenas para este ano.
O ofício menciona que a postergação de pagamentos se aplica a contratos de mútuo relacionados ao Programa de Extensão de Vida Útil de Angra 1, além da rolagem de dívidas com instituições financeiras e mediação de acordos sobre créditos de combustível nuclear. O diretor-presidente da ENBPar, Marlos Costa de Andrade, alerta que essas ações não resolverão os problemas financeiros da Eletronuclear a longo prazo, dependendo da decisão do Conselho Nacional de Política Energética sobre a operação da usina de Angra 3.
Sem essa definição, a Eletronuclear enfrenta dificuldades financeiras crescentes, arcando com custos operacionais de Angra 1 e 2. A ENBPar também ressaltou que os R$ 2,4 bilhões provenientes de um acordo entre a União e a Axia não serão suficientes para estabilizar a situação financeira da empresa. A ausência de soluções estruturais pode levar a um agravamento do quadro financeiro da Eletronuclear nos próximos anos.