Argentina altera política cambial e busca elevar reservas internacionais

Marcela Guimarães
Tempo: 2 min.

O governo argentino, liderado pelo presidente Javier Milei, anunciou mudanças em sua política cambial com o objetivo de aumentar as reservas internacionais do país. A partir de 2026, as bandas de negociação do peso serão ampliadas, permitindo que se ajustem à inflação mensal, que alcançou 2,5% em novembro. Além disso, o Banco Central planeja adquirir até US$ 10 bilhões em reservas, em resposta a solicitações de investidores por uma abordagem mais flexível.

Essas novas diretrizes representam um passo importante em direção à normalização da economia argentina, que enfrenta desafios significativos desde a finalização de um acordo de US$ 20 bilhões com o Fundo Monetário Internacional. O anúncio foi recebido positivamente pelos mercados, com os títulos soberanos da Argentina subindo em valor, refletindo a confiança renovada nas políticas econômicas do governo. Especialistas acreditam que essas mudanças poderão estimular a economia, mas também alertam para a necessidade de um monitoramento cuidadoso das metas de reservas estabelecidas com o FMI.

Com um novo Congresso empossado e os libertários de Milei dominando a legislatura, o governo agora busca aprovar reformas significativas, incluindo uma nova reforma trabalhista e o orçamento anual. Embora a mudança de política tenha sido considerada positiva, analistas notam que a acumulação de reservas terá que ser acompanhada de perto para garantir a estabilidade econômica a longo prazo. O cenário atual apresenta uma oportunidade para o governo consolidar sua estratégia de crescimento, mas também requer um equilíbrio delicado entre controle da inflação e fortalecimento das reservas internacionais.

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