A Eletronuclear comunicou, em um ofício enviado ao ministro de Minas e Energia, que adotou medidas emergenciais para evitar um rombo em seu caixa em 2025. As ações incluem a postergação de pagamentos de contratos de mútuo e a rolagem de dívidas com instituições financeiras. A empresa enfrenta dificuldades financeiras, exacerbadas pela indefinição sobre o futuro da Usina Angra 3, um projeto crucial para sua operação.
Entre as medidas tomadas, destaca-se a mediação de acordos relacionados a créditos de combustível nuclear de Angra 3, visando equilibrar a situação econômica das empresas do grupo. O ofício, assinado pelo presidente da ENBPar, também foi enviado a outros ministros, que foram informados sobre os problemas estruturais que afetam a Eletronuclear. Embora a empresa tenha conseguido um aporte de R$ 2,4 bilhões, a controladora alerta que esses recursos não são suficientes para solucionar a crise financeira, que é considerada crescente e preocupante.
A ENBPar enfatizou que as medidas adotadas são apenas paliativas e visam a sustentação da Eletronuclear em 2025, enquanto a falta de decisões governamentais continua a agravar a situação. A empresa aguarda respostas sobre o projeto de Angra 3 do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), cuja definição é vista como essencial para a recuperação financeira. Assim, a estabilidade da Eletronuclear depende de ações efetivas e rápidas do governo para evitar futuros déficits.

