O JPMorgan anunciou a elevação da classificação das ações da ISA Energia (ISAE4), mudando sua recomendação de ‘underweight’ para ‘overweight’, o que indica uma expectativa otimista em relação ao desempenho da empresa no setor elétrico. O preço-alvo foi ajustado de R$ 26,50 para R$ 30 até o fim de 2026, representando um potencial de retorno total de cerca de 20%. Essa mudança reflete uma assimetria de risco positivo observada pelo banco em relação às ações, que têm se comportado de forma inferior ao mercado.
O banco identificou três fatores que podem contribuir para a valorização das ações da ISA Energia: questões regulatórias, litígios e um cenário macroeconômico favorável. As discussões sobre investimentos não remunerados adequadamente podem gerar um impacto significativo no valor presente líquido (VPL) da empresa, assim como as negociações de custos com o governo de São Paulo. Além disso, uma eventual redução na taxa Selic poderia impulsionar o lucro por ação, aumentando ainda mais as perspectivas positivas.
Entretanto, a instituição também alerta para riscos que podem comprometer esse cenário otimista, como a alta alavancagem financeira da empresa, estimada em quatro vezes a relação entre dívida líquida e Ebitda. A pressão vendedora relacionada à participação de 21% da Axia nas ações da ISA Energia também é um ponto a ser observado, especialmente em um contexto de possíveis desinvestimentos. Portanto, enquanto há otimismo em relação aos fatores de alta, a vigilância sobre os riscos é essencial.