Carla Zambelli renuncia ao mandato para facilitar defesa na Itália

Bruno de Oliveira
Tempo: 2 min.

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) renunciou ao seu mandato no domingo, 14 de dezembro de 2025, após enfrentar revezes judiciais significativos e o risco iminente de extradição ao Brasil. A decisão, que já era discutida com seus aliados, ocorreu após a Câmara, na madrugada de quinta-feira, 11, rejeitar a cassação de seu mandato, mesmo com a condenação pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a dez anos de prisão. Ao optar pela renúncia, Zambelli busca criar uma estratégia que pode diferenciá-la como vítima de perseguição política em vez de uma parlamentar cassada.

A renúncia de Zambelli é parte de um plano elaborado para facilitar sua defesa na Itália. Seus aliados acreditam que, ao renunciar, ela poderá evitar os danos decorrentes da cassação e, consequentemente, conseguir uma autorização para deixar a prisão. Além disso, a estratégia inclui reverter o pedido de extradição ao Brasil, a partir da nova condição que a renúncia proporciona, evidenciando a sua posição como vítima de um processo político adverso.

Com a renúncia formalizada, Zambelli já indicou que nas próximas eleições pode apoiar a candidatura de um familiar ou aliado próximo para ocupar seu lugar na Câmara. O líder do PL na Casa, Sóstenes Cavalcante, afirmou que a decisão não considerou a questão da inelegibilidade, mas focou em assegurar a defesa da parlamentar na Itália. O desdobramento dessa situação pode influenciar não apenas a trajetória política de Zambelli, mas também o cenário político do Brasil, à medida que outros eventos relacionados à sua condenação se desenrolam.

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