Parlamentares da esquerda comemoram a renúncia da deputada Carla Zambelli (PL-SP), anunciada em 14 de dezembro de 2025. O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias, criticou a situação, cobrando a cassação do deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ) e afirmando que a renúncia não apaga os crimes e condenações da deputada. Farias alertou que a omissão da Câmara pode levar a consequências jurídicas sérias.
Deputados destacaram que a renúncia de Zambelli não reverte sua inelegibilidade, uma vez que ela foi condenada por invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e está detida na Itália. Ivan Valente (Psol-SP) reiterou que a Constituição Federal é clara sobre a perda do mandato em casos de condenação criminal. Rogério Correia (PT-MG) elogiou a atuação do Supremo Tribunal Federal (STF) e criticou a Câmara por não ter cassado Zambelli anteriormente.
A Câmara dos Deputados confirmou, por meio de nota, que Zambelli comunicou sua renúncia à secretaria-geral da mesa. O presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), já determinou a convocação do suplente, Adilson Barros (PL-SP), para assumir o cargo. A situação levanta questões sobre a eficácia das medidas legislativas em casos de condenação e a necessidade de maior rigor na aplicação das leis eleitorais.