Neste domingo, 14 de dezembro, o Chile está em meio a uma disputa eleitoral significativa, com o ultradireitista José Antonio Kast enfrentando a candidata da esquerda Jeannette Jara no segundo turno da eleição presidencial. A polarização entre os candidatos reflete não apenas divergências ideológicas, mas também o fortalecimento da extrema-direita no contexto político chileno, um fenômeno que remete ao legado da ditadura de Augusto Pinochet e suas consequências até os dias atuais.
Kast, fundador do Partido Republicano, tem atraído eleitores insatisfeitos com a atual situação social e econômica do país, utilizando temas como insegurança pública e imigração em sua campanha. Sua retórica, que frequentemente menciona Pinochet, provoca divisões e reacende debates sobre a memória histórica da ditadura e suas implicações na política contemporânea. Especialistas apontam que essa ascensão não se dá por meio da força, mas através de estratégias institucionais que refletem um descontentamento generalizado com a democracia.
O desfecho dessa eleição poderá moldar o futuro político do Chile, com potenciais embates no Congresso e desafios na implementação de políticas públicas. Se Kast for eleito, sua relação com a oposição e a sociedade civil será crucial para a governabilidade, podendo levar a tensões políticas significativas. A ascensão de líderes como Kast também sinaliza uma tendência mais ampla de crescimento da extrema-direita em várias partes do mundo, refletindo uma insatisfação com os sistemas democráticos vigentes.