Um juiz dos Estados Unidos, Sean Lane, aprovou na última sexta-feira o plano de recuperação judicial da Azul, em audiência realizada em White Plains, Nova York. A decisão permite que a companhia aérea reduza mais de US$ 2 bilhões em dívidas, além de captar novos recursos por meio da emissão de ações. Com o apoio de American Airlines e United Airlines, que irão investir até US$ 300 milhões, a Azul busca reestruturar sua situação financeira.
A recuperação judicial foi solicitada pela Azul em maio e, através desse processo, grande parte da dívida pré-existente será convertida em ações. O CEO da empresa, John Rodgerson, afirmou que a companhia agora enfrenta um cenário financeiro mais leve, com redução de 60% da dívida e diminuição de aproximadamente US$ 200 milhões em juros anuais. A reestruturação também inclui uma queda de 28% na dívida relacionada ao aluguel de aeronaves, o que representa uma economia significativa.
Essa aprovação traz implicações positivas para a Azul, que poderá operar com uma alavancagem menor do que a inicialmente prevista. A empresa planeja sair desse processo com uma alavancagem de 2,5 vezes, ao invés de três. As medidas de recuperação não apenas aliviam a pressão financeira imediata, mas também preparam a Azul para um futuro mais sustentável e competitivo no setor aéreo.

