Desigualdade Social Compromete Acesso à Educação Infantil no Brasil

Isabela Moraes
Tempo: 2 min.

Um recente estudo da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal revela que as desigualdades socioeconômicas impactam severamente o acesso à educação infantil no Brasil. Em 2023, apenas 30% das crianças de baixa renda inscritas no CadÚnico estavam matriculadas em creches, enquanto na pré-escola a taxa de matrícula foi de apenas 72,5% para crianças de 4 e 5 anos. Essa situação crítica destaca um desafio persistente para o país em termos de equidade educacional.

O estudo, que analisa dados do CadÚnico e do Censo Escolar, aponta que a desigualdade é ainda mais pronunciada em regiões como o Norte, onde a taxa de matrícula na creche é de apenas 16,4%. Além disso, fatores como raça, gênero e renda influenciam diretamente a probabilidade de acesso à educação infantil. A presidente da Fundação, Mariana Luz, enfatizou a importância da creche como um espaço de aprendizado e segurança para crianças em situação de vulnerabilidade, ressaltando a urgência de políticas públicas que ampliem o acesso.

A pesquisa foi lançada em um contexto em que se discute o novo Plano Nacional de Educação, evidenciando a necessidade de priorizar a equidade no acesso à educação infantil. Mariana Luz alerta que a exclusão das crianças de baixa renda nas creches é inadmissível e reflete uma desigualdade estrutural. O estudo, portanto, serve como um chamado à ação para que governos e sociedade civil colaborem na construção de um sistema educacional mais justo e inclusivo.

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