Em uma movimentação inesperada, os presidentes da Câmara e do Senado, Hugo Mota e Davi Alcolumbre, juntamente com os ministros do STF, Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, estabeleceram um acordo sobre o PL da Dosimetria, que prevê a redução de penas para os condenados na tentativa de golpe. Este entendimento ocorreu antes da votação, que não contou com a participação do governo Lula, e foi discutido com o relator Paulinho da Força.
A condição imposta pela oposição, que exigia que os parlamentares favoráveis à anistia não pudessem fazer alterações no texto durante a votação, foi crucial para que o projeto fosse pautado. O relator destacou que a medida não teria um efeito significativo sobre a pena de 27 anos imposta ao ex-presidente Bolsonaro. Assim, a proposta foi aprovada na Câmara e está a caminho da CCJ do Senado, onde há a expectativa de votação na próxima semana.
Enquanto isso, o governo tenta ganhar tempo para ajustar o texto, buscando evitar que figuras como o ex-presidente Bolsonaro sejam beneficiadas. Para isso, uma manifestação contra a anistia aos golpistas está marcada para o próximo domingo, 14. Este movimento evidencia a tensão e as divisões políticas em torno do tema, refletindo a complexidade do cenário atual.

