O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, recebeu um ultimato do ministro Alexandre de Moraes para empossar, em 48 horas, o suplente de Carla Zambelli. A ex-deputada, condenada a 10 anos de prisão e atualmente presa na Itália, teve seu mandato cassado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), cuja decisão a Câmara agora precisa homologar. O suplente, Missionário José Olímpio, do PL de São Paulo, está preparado para assumir a vaga deixada pela parlamentar.
A situação de Zambelli gerou um clima de incerteza no cenário político brasileiro, especialmente em função de seu histórico como uma figura proeminente do bolsonarismo. Na quarta-feira, Hugo Motta desconsiderou a decisão do STF ao colocar em votação a cassação da parlamentar, ao invés de simplesmente publicar o ato que retiraria seu mandato. Esta postura pode ter implicações significativas para a dinâmica interna da Câmara e a relação entre os diferentes blocos políticos.
Com a iminente posse de Olímpio, as tensões no legislativo podem se intensificar, refletindo a polarização política que caracteriza o atual cenário no Brasil. A prisão de Zambelli e sua tentativa de escapar da Justiça, fugindo para a Itália, evidenciam as crises enfrentadas por alguns membros do antigo governo. O desdobramento desse caso poderá influenciar a percepção pública sobre a accountability de políticos e o funcionamento das instituições democráticas.

