Palmeiras talipot florescem pela primeira vez no Rio de Janeiro

Eduardo Mendonça
Tempo: 2 min.

No Rio de Janeiro, um espetáculo botânico fascina tanto moradores quanto turistas: as palmeiras talipot, plantadas há mais de seis décadas, estão florescendo pela primeira e última vez. Localizadas no Aterro do Flamengo e no Jardim Botânico, essas palmeiras foram introduzidas na cidade pelo renomado paisagista Roberto Burle Marx na década de 1960. Este fenômeno ocorre agora, quando essas palmeiras, com cerca de 65 anos, atingem o auge de sua existência.

A talipot (Corypha umbraculifera), uma das maiores espécies de palmeira do mundo, é nativa do sul da Índia e do Sri Lanka, e suas inflorescências começaram a aparecer em outubro. O processo, que levará cerca de um ano até o amadurecimento dos frutos, culminará em um evento único, pois a palmeira só frutifica uma vez em sua vida, podendo produzir até 5 milhões de frutos. Após a queda dos frutos, as palmeiras iniciarão um processo irreversível de morte, marcando o fim de seu ciclo.

O Jardim Botânico do Rio de Janeiro planeja colher as sementes das palmeiras talipot, visando o plantio de novas mudas e sua distribuição em projetos de paisagismo em espaços públicos. Este evento singular tem atraído a atenção de pessoas como uma carioca que viajou especialmente para testemunhar a floração, refletindo sobre a beleza efêmera da vida e a inevitabilidade da morte, tanto para as palmeiras quanto para os humanos.

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