O comércio da Grande São Paulo registrou um prejuízo de R$ 51,7 milhões em faturamento devido à falta de energia elétrica provocada pela passagem de um ciclone extratropical na última quarta-feira, dia 10. A estimativa foi elaborada pelo Instituto de Economia Gastão Vidigal, que analisou a movimentação média diária do comércio na região. O impacto da falta de eletricidade afetou 1,5 milhão de pessoas, comprometendo a operação de lojas e serviços essenciais.
A concessionária Enel São Paulo mobilizou cerca de 1,6 mil equipes para reparar os danos causados pelo ciclone, que incluem a reconstrução de postes e cabos. Além disso, mais de 700 geradores estão sendo utilizados para atender as áreas prioritárias, enquanto a empresa se compromete a restaurar o fornecimento de energia. O economista da Associação Comercial de São Paulo, Ulisses Ruiz de Gamboa, destacou que a mensuração dos prejuízos é complexa, uma vez que o restabelecimento da energia ainda não estava completo em diversas áreas.
As consequências do apagão vão além do comércio, afetando serviços essenciais, como o abastecimento de água e o transporte aéreo, com registros de voos cancelados e problemas no trânsito. A interrupção no fornecimento de energia impactou diretamente o comportamento do consumidor, principalmente reduzindo as compras por impulso. Assim, os efeitos do ciclone não só causaram prejuízos financeiros imediatos, mas também levantaram questões sobre a vulnerabilidade da infraestrutura urbana e a necessidade de melhorias nas redes de serviços públicos.

