Na quarta-feira, 10 de dezembro de 2025, um navio-tanque de petróleo, conhecido como Skipper, foi apreendido pelas forças dos Estados Unidos na costa da Venezuela. Desde 2024, o navio apresentava um padrão claro de falsificação de sua localização, utilizando técnicas de spoofing para ocultar seus movimentos. O Skipper, que transportava petróleo sancionado do Irã e da Venezuela, está sob sanção americana desde 2022.
Dados da consultoria Kpler indicam que o Skipper foi carregado com 1,1 milhão de barris de petróleo e estava potencialmente a caminho de Cuba quando foi interceptado. O navio, com bandeira da Guiana, se envolveu em mais de 80 dias de operações enganosas, incluindo transferências de carga de maneira não declarada. Especialistas afirmam que essa ação busca desestimular compradores de petróleo e proprietários de navios-tanque que operam clandestinamente.
A apreensão do Skipper ocorre em um contexto de intensificação da pressão dos EUA sobre o governo de Nicolás Maduro. Com a intenção de reduzir as receitas desse governo, a ação é vista como uma estratégia para acelerar sua saída. No entanto, essa manobra pode impactar também as relações com a China, que depende de suprimentos venezuelanos com grandes descontos.

