O chefe de economia para o Brasil e de estratégia para a América Latina do Bank of America, David Beker, compartilhou suas previsões para a economia brasileira em 2026. Ele acredita que o ano começará com um corte de juros em janeiro, em um contexto de incertezas políticas devido às eleições presidenciais. A fraqueza do dólar e a valorização do real devem impactar positivamente a economia, reduzindo a inflação e aumentando o poder de compra de consumidores e empresas.
Beker ressalta que o cenário externo e a taxa de juros atual são determinantes para a fraqueza do dólar, e não apenas a balança de pagamentos do Brasil. Em suas projeções, ele estima que a inflação deve desacelerar de 4,5% em 2025 para 4% em 2026, embora ainda acima da meta do Banco Central. Além disso, o PIB deve crescer 2% em 2026, refletindo um arrefecimento do setor de serviços e uma política fiscal menos expansionista.
As observações de Beker indicam que, apesar dos desafios, a economia brasileira pode se beneficiar de um ambiente externo favorável e de um câmbio estável. A recuperação da economia dependerá também da capacidade dos candidatos nas eleições de apresentar propostas que promovam crescimento e estabilidade. Assim, as expectativas do Bank of America destacam um panorama de cautela, mas com oportunidades em meio à incerteza.