Em 2024, os ativos financeiros das famílias brasileiras apresentaram um crescimento de 10,1%, conforme relatório da Allianz Research. Esse aumento é superior ao que foi observado globalmente, onde a média de crescimento foi de 8,7%. Apesar do resultado positivo, a participação dos seguros e previdência no portfólio financeiro caiu para 20%, uma perda significativa em comparação com anos anteriores.
O estudo revela que, embora o Brasil tenha superado a média mundial, a desigualdade continua a ser um obstáculo para o avanço dos produtos financeiros, especialmente seguros. Os 10% mais ricos do país concentram cerca de 70% da riqueza, o que limita o acesso da população a produtos de proteção financeira. Especialistas apontam que políticas de acesso poderiam ajudar a corrigir essas desigualdades e fomentar um crescimento mais equilibrado no setor.
Com a recuperação dos ativos financeiros, espera-se que, em um futuro próximo, a participação de seguros e previdência possa voltar a crescer, especialmente em um cenário de juros mais baixos. Entretanto, o aumento do endividamento das famílias, que cresceu 12,5% em 2024, também requer atenção cuidadosa. As famílias brasileiras enfrentam desafios para aumentar sua capacidade de poupança, sendo crucial a ampliação do acesso a produtos de investimento e proteção financeira.