Líder da oposição venezuelana promete levar Nobel da Paz de volta ao país

Eduardo Mendonça
Tempo: 2 min.

María Corina Machado, ganhadora do Prêmio Nobel da Paz, chegou a Oslo, na Noruega, para receber a honraria, desafiando uma proibição de viagem de uma década imposta pelo governo da Venezuela. A líder da oposição deixou seu país em segredo e chegou apenas após a cerimônia de premiação, realizada na manhã desta quinta-feira. Apesar de sua celebração internacional, ela destacou que pretende retornar ao seu país com o prêmio, embora não tenha especificado quando isso ocorrerá.

Durante sua estadia em Oslo, Machado expressou sua intenção de levar o prêmio de volta à Venezuela como um símbolo de resistência e esperança para seu povo. A engenheira de 58 anos, que passou mais de um ano escondida, fez um apelo para que o reconhecimento fosse uma mensagem de apoio aos venezuelanos que lutam contra a crise política e humanitária. Sua chegada acontece em um momento de crescente tensão entre a Venezuela e os Estados Unidos, que têm intensificado suas ações militares na região.

A decisão de Machado de aceitar o prêmio e sua postura em relação à política internacional refletem a complexidade da situação na Venezuela. Ela se posicionou contra o governo atual, acusando-o de ligações com organizações criminosas, enquanto busca apoio internacional. Ao mesmo tempo, a relação com os Estados Unidos permanece tensa, com o governo Trump realizando diversas operações militares contra supostos traficantes na área, o que levanta preocupações sobre o impacto dessas ações na soberania venezuelana.

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