A pré-candidatura do senador Flávio Bolsonaro à presidência gerou descontentamento entre lideranças de partidos do Centrão, incluindo PP, União e Republicanos. Os dirigentes expressaram sua frustração pela falta de consultas antes do anúncio e identificaram quatro razões para a resistência: a tentativa de negociar a anistia para o ex-presidente, o isolamento da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, a necessidade de controle sobre a escolha do candidato e a intenção de manter a relevância do bolsonarismo.
Os líderes do Centrão acreditam que Flávio Bolsonaro não desistirá facilmente de sua candidatura. Nesse contexto, o bloco está se movimentando para atrair o apoio de partidos como PSD e MDB, em defesa da candidatura do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, nas eleições do próximo ano. Um dos caciques do Centrão ressaltou que o discurso da candidatura precisa ser bem articulado antes de avançar.
As movimentações políticas em torno da pré-candidatura de Flávio Bolsonaro podem impactar significativamente o cenário eleitoral de 2026. A busca por alianças e um discurso coeso poderá determinar o sucesso ou a rejeição do grupo no pleito. O desenrolar dessas negociações será crucial para definir as estratégias dos partidos envolvidos e a posição do bolsonarismo na política nacional.