Na madrugada desta quinta-feira, 11 de dezembro de 2025, o deputado Lindbergh Farias, líder do PT na Câmara, anunciou que acionará o Supremo Tribunal Federal (STF) contra a decisão da Câmara que decidiu manter o mandato da deputada Carla Zambelli. A votação, que ocorreu com 227 votos a favor e 170 contra, foi interpretada por Farias como uma violação da determinação do STF, que previa a perda do mandato após a condenação de Zambelli, presa na Itália desde julho.
A defesa de Zambelli, que foi a mulher mais votada para a Câmara em 2022, argumentou que a cassação seria uma medida excessiva e sinalizaria uma submissão do Legislativo ao Judiciário. A votação contrariou uma recomendação da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que havia sugerido a cassação do mandato da deputada, apoiada por membros do centrão. A situação se complica ainda mais, pois Zambelli foi condenada a dez anos de prisão por envolvimento em um esquema de falsificação de documentos, mas nega as acusações.
A decisão da Câmara e o anúncio do mandado de segurança por Farias levantam questões sobre a autonomia do Congresso e suas responsabilidades em casos de condenações criminais. Além disso, o caso pode influenciar futuros desdobramentos políticos, especialmente em um contexto onde a relação entre os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário é cada vez mais debatida. A expectativa é que o STF se pronuncie sobre a questão em breve, impactando a imagem da Câmara e de seus membros.