A votação do projeto de lei que visa atualizar as regras do impeachment foi adiada para 2026, conforme decisão da Comissão de Constituição e Justiça do Senado. O relator, senador Weverton Rocha, argumentou que é necessário mais tempo para ouvir os interessados e elaborar um parecer que reflita com responsabilidade a complexidade do tema.
Este adiamento vem em um contexto de polarização política acentuada, especialmente após a recente decisão do ministro do STF, Gilmar Mendes, que restringiu quem pode denunciar ministros da Corte por crimes de responsabilidade. O senador Rodrigo Pacheco, autor do projeto, sustentou que a proposta deve ser tratada com seriedade e não pode ser apressada, enfatizando a importância de uma discussão madura sobre o assunto.
As implicações desta decisão podem ser significativas para o futuro das relações entre o Legislativo e o Judiciário no Brasil. Com a eleição de 2026 se aproximando, o clima político pode se intensificar, especialmente entre os senadores que buscam uma maioria para influenciar as nomeações no STF. O relator ainda não apresentou um parecer final, mas já encaminhou uma versão preliminar para sugestões.

