O diretor de Infraestrutura Hídrica do Dnocs, Luiz Hernani de Carvalho Júnior, revelou que a instituição está em grave situação financeira e depende urgentemente de recursos. Durante um encontro com deputados, ele informou que a superintendência no Piauí não consegue arcar nem com as despesas de energia, refletindo a escassez de verbas. A autarquia, que já contou com 14 mil funcionários, atualmente tem apenas 367 operando no Brasil.
O diretor também mencionou que, entre os onze reservatórios estratégicos destinados ao combate à seca, apenas cinco foram entregues, enquanto outros quatro só devem ser concluídos em 2026. Além disso, mais de 360 barragens necessitam de manutenção, mas os recursos para esses trabalhos ainda estão pendentes. A secretária adjunta de Planejamento, Flavia Duarte Nascimento, informou que o orçamento do Dnocs para 2025 é de 234 milhões de reais, que o deputado Júlio Cesar considera irrisório diante das demandas da autarquia.
Em resposta à crise, o ministro Waldez Góes, responsável pela Integração e Desenvolvimento Regional, comprometeu-se a solicitar uma suplementação orçamentária para garantir que o Dnocs possa continuar suas operações. Embora as obras do Novo PAC estejam em andamento, a falta de recursos para custeio pode prejudicar o andamento dos projetos. Essa situação crítica levanta preocupações sobre a capacidade do Dnocs em enfrentar os desafios da seca na região Nordeste.