Em 2024, o Brasil registrou mais de 2,38 milhões de nascimentos, o que representa uma queda de 5,8% em comparação aos 2,52 milhões de nascidos em 2023. Esta é a maior redução desde 2004, evidenciando uma tendência de declínio na natalidade que se estende por seis anos consecutivos. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou esses dados em 10 de dezembro de 2025, destacando o fenômeno como uma preocupação crescente para o futuro demográfico do país.
A análise da gerente da pesquisa, Klivia Brayner, sugere que a queda na fecundidade está relacionada a um comportamento cultural que se intensifica com o envelhecimento da população. A demógrafa Cintia Simoes Agostinho complementa que o número de mulheres em idade reprodutiva tem diminuído, o que resulta em menos nascimentos. As estatísticas mostram que março é o mês com o maior número de nascimentos, totalizando 215,5 mil, enquanto novembro e dezembro apresentam os menores índices.
As implicações desse cenário demográfico são significativas e podem afetar políticas públicas em áreas como saúde, educação e assistência social. A tendência de mães mais velhas, com uma redução acentuada no número de jovens gerando filhos, também levanta questões sobre o futuro da força de trabalho no Brasil. O desafio se agrava diante da necessidade de adaptar serviços e recursos a uma população que está envelhecendo rapidamente.

