O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, declarou que está preparado para realizar eleições mesmo sob lei marcial, após ter anteriormente rejeitado essa possibilidade. A decisão foi anunciada no dia 9 de dezembro, em um momento de intensa pressão dos Estados Unidos para que a Ucrânia aceite um acordo de paz com a Rússia. Zelensky pediu ao Parlamento sugestões para alterar a legislação eleitoral, permitindo assim as votações durante o conflito atual.
As eleições, que poderiam ter ocorrido em março de 2024, são vistas como uma exigência da Rússia para avançar nas negociações de paz. A situação se complica ainda mais com as críticas do ex-presidente americano, Donald Trump, que acusou Zelensky de usar a guerra como pretexto para adiar o pleito. O impasse central nas negociações gira em torno da questão territorial, com Moscou exigindo a retirada ucraniana de províncias anexadas em 2022.
Zelensky está buscando apoio europeu antes de apresentar uma nova versão do plano de paz mediado pelos EUA, que foi modificado após diálogos com autoridades americanas. Ele enfatizou que a concessão de território e as garantias de segurança são questões cruciais que permanecem em disputa. A pressão internacional e as exigências de Moscou continuam a moldar o cenário político na Ucrânia, deixando o futuro do país em uma encruzilhada.