Na tarde de terça-feira, 9 de dezembro, a Câmara dos Deputados foi palco de uma situação alarmante, quando o deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) ocupou a presidência da Casa em sinal de protesto. Ele se opôs ao anúncio do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), sobre um pedido de cassação contra seu mandato. Durante o episódio, Braga foi retirado à força por agentes da Polícia Legislativa, enquanto o sinal da TV Câmara foi cortado, impedindo a cobertura da imprensa.
As entidades de defesa dos jornalistas, como a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal (SJPDF), condenaram enfaticamente a ação, considerando-a uma grave violação da liberdade de imprensa. Em suas declarações, enfatizaram que medidas autoritárias não devem ser aceitas em um ambiente que deveria garantir os direitos da população. Além disso, relataram agressões físicas a jornalistas, citando a necessidade de responsabilização das autoridades envolvidas.
O presidente da Câmara, Hugo Motta, afirmou que determinou a apuração de eventuais excessos por parte da Polícia Legislativa, ressaltando a importância de proteger a democracia. O caso gerou uma ampla repercussão e levantou discussões sobre a liberdade de imprensa no Brasil, com os grupos de comunicação exigindo que episódios como este não se repitam. A situação reflete preocupações sobre o estado da democracia no país e a necessidade de salvaguardas para a atuação da imprensa.

