Durante uma audiência no Supremo Tribunal Federal nesta terça-feira (9), a defesa do ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques, contestou as alegações de que ele teria tentado impedir o deslocamento de eleitores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no segundo turno das eleições de 2022. A defesa argumentou que Vasques é alvo de uma “tempestade midiática” e que as acusações são baseadas em informações falsas disseminadas nas redes sociais.
As acusações contra Vasques surgiram a partir de uma denúncia da Procuradoria-Geral da República, que afirma que ele deu ordens ilegais para a realização de blitzes, com o intuito de dificultar o acesso dos eleitores às urnas. O advogado de defesa, Eduardo Pedro Nostrani Simão, ressaltou que no dia das eleições, vídeos circulavam insinuando que o ex-diretor estava obstaculizando o voto popular em regiões onde Lula tinha grande apoio.
O julgamento de Vasques e outros réus do Núcleo 2 da ação penal será retomado na próxima terça-feira (16), quando os ministros do STF iniciarão a votação sobre a possível condenação dos envolvidos. Essa ação penal inclui outros nomes de destaque, como ex-assessores do ex-presidente Jair Bolsonaro, que enfrentam sérias acusações de organização criminosa e tentativa de golpe de Estado.

