O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, anunciou nesta terça-feira (9) que está “pronto” para a realização de eleições em seu país e que planeja enviar uma proposta modificada aos Estados Unidos na quarta-feira, visando encerrar a guerra com a Rússia, que se arrasta há quase quatro anos. Zelensky comentou que as eleições, inicialmente previstas para 2024, foram adiadas devido à vigência da lei marcial estabelecida após a invasão russa em fevereiro de 2022.
O mandatário ucraniano destacou a importância de garantir a segurança no país antes das eleições, solicitando apoio dos Estados Unidos e aliados europeus para viabilizar esse processo. Recentemente, Zelensky se reuniu com dirigentes europeus em Londres e Bruxelas, buscando elaborar uma resposta ao plano americano, que, segundo aliados, é excessivamente favorável à Rússia. Ele também enfatizou que a Ucrânia não pode ceder territórios, tanto por questões legais quanto morais, e aguarda garantias de segurança de seus parceiros internacionais.
As declarações de Zelensky ocorrem em um momento de crescente tensão nas relações entre a Ucrânia e seus aliados, especialmente com a pressão do presidente americano, Donald Trump, por um acordo que pode impactar o futuro do país. Trump criticou Zelensky por não aceitar a proposta anterior e expressou sua frustração com a situação, enquanto o papa Leão XIV alertou sobre a necessidade da Europa participar das negociações de paz. O desdobramento desse cenário poderá definir não apenas o futuro político da Ucrânia, mas também suas relações internacionais e a dinâmica da guerra em curso.