Investigação Antitruste da UE Examina Práticas do Google com IA e YouTube

Camila Pires
Tempo: 2 min.

O Google, pertencente à Alphabet, enfrenta uma nova investigação antitruste da União Europeia, que questiona o uso do conteúdo de editoras e vídeos do YouTube para treinar seus modelos de inteligência artificial. Esta é a segunda investigação da Comissão Europeia em menos de um mês, refletindo as crescentes preocupações sobre o domínio das grandes empresas tecnológicas e sua capacidade de excluir concorrentes. Além disso, a situação pode intensificar as tensões entre a UE e os Estados Unidos, dado o foco regulatório nas práticas comerciais do Google.

As preocupações da Comissão Europeia giram em torno da possibilidade de que o Google esteja utilizando conteúdo online sem a devida compensação, o que poderia prejudicar a produção de conteúdo de qualidade por parte das editoras. A chefe antitruste da UE, Teresa Ribera, enfatizou a importância de um ecossistema de informação saudável, onde as editoras tenham recursos para operar de forma justa. Em resposta, o Google argumentou que a reclamação poderia sufocar a inovação em um mercado já competitivo.

A investigação pode resultar em multas significativas, caso o Google seja considerado culpado de violar as regras antitruste da UE, o que representa um risco de até 10% de sua receita anual global. A crescente pressão regulatória sobre gigantes tecnológicos, como o Google, reflete um movimento mais amplo em direção a uma supervisão mais rigorosa das práticas comerciais na era digital. O desdobramento dessa investigação poderá impactar não apenas o Google, mas todo o setor de tecnologia e as relações transatlânticas entre a UE e os EUA.

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