A defesa do coronel do Exército Marcelo Câmara, ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro, refutou nesta terça-feira (9) as alegações de que ele realizou o monitoramento ilegal do ministro Alexandre de Moraes. O coronel, que se encontra preso desde junho, é um dos réus que podem ser condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em um caso relacionado a uma suposta trama golpista. A sustentação da defesa ocorreu durante a sessão da Primeira Turma do STF, que analisa as participações de seis réus no caso.
O advogado Luiz Eduardo Kuntz argumentou que Câmara tinha um papel administrativo e que as investigações realizadas pelo coronel se basearam em informações de fontes abertas, sem qualquer intenção de espionagem. Kuntz também mencionou que as pesquisas feitas por Câmara, que incluíam a identificação de potenciais riscos em encontros do presidente, foram essenciais para a segurança dessas reuniões. O advogado ainda negou a participação do coronel no plano denominado Punhal Verde Amarelo, que, segundo a PGR, visava assassinatos de figuras políticas importantes.
A sessão do STF continua, com as defesas dos outros réus apresentando seus argumentos. Os acusados enfrentam sérias acusações, incluindo organização criminosa e tentativa de golpe de Estado. A resolução deste caso poderá ter implicações significativas para o cenário político brasileiro e para a responsabilização de figuras ligadas à administração anterior.

