A Operação Compliance Zero revelou que o escritório da esposa do ministro Alexandre de Moraes, Viviane Barci de Moraes, possuía um contrato de R$ 129 milhões com o Banco Master. A investigação, divulgada em 9 de dezembro de 2025, indica que o acordo previa pagamentos mensais de R$ 3,6 milhões a partir de 2024, o que levanta preocupações sobre possíveis conflitos de interesse envolvendo autoridades do poder judiciário.
Documentos obtidos pela Polícia Federal durante a operação mostram que o contrato, encontrado no celular do proprietário do banco, Daniel Vorcaro, não detalhava as ações que o escritório deveria realizar em nome da instituição. Mensagens indicam que os pagamentos ao escritório eram considerados prioritários, sugerindo uma relação estreita entre o banco e o escritório de advocacia da esposa do ministro. A liquidação extrajudicial do banco, decretada pelo Banco Central, poderá inviabilizar o pagamento do montante acordado.
Além do contrato, a investigação também expõe a viagem do ministro Dias Toffoli ao Peru, onde viajou em um jatinho de um advogado ligado ao caso. Essa circunstância, somada a outras irregularidades identificadas no Banco Master, intensifica as preocupações sobre a transparência e a ética nas relações entre o sistema financeiro e os integrantes do Judiciário. O desdobramento desse caso poderá impactar a confiança pública nas instituições e na condução de processos judiciais relacionados a fraudes financeiras.

