A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) anunciou a aprovação da primeira cirurgia robótica para tratamento de câncer de próstata, que deverá ser coberta pelos planos de saúde a partir de abril de 2026. O procedimento, a prostatectomia radical assistida por robô, é um avanço significativo na medicina, prometendo não apenas eficácia, mas também uma redução de complicações como sangramentos e disfunção erétil, que preocupam muitos pacientes.
Considerado o método mais avançado para essa condição, a cirurgia robótica atenderá uma demanda crescente, já que o câncer de próstata afeta anualmente mais de 71 mil homens no Brasil. O presidente da ANS, Wadih Damous, destacou a importância dessa inclusão como um passo na modernização da saúde suplementar. A decisão foi baseada em recomendações da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), que enaltece os benefícios clínicos desse novo procedimento.
Entretanto, a ANS alerta para os desafios que ainda precisam ser superados, como a distribuição desigual da tecnologia pelo país, com a maioria dos robôs concentrados nas regiões Sudeste e Sul. Para que a incorporação da cirurgia seja efetiva, é necessário garantir uma implementação estruturada, conforme ressaltou Lenise Secchin, diretora de Normas e Habilitação da ANS. A expectativa é que esse avanço abra caminho para a adoção de outras tecnologias no tratamento de doenças neoplásicas, melhorando a qualidade de vida dos pacientes.

