Defesa de ex-assessor de Bolsonaro contesta acusações de espionagem

Carlos Eduardo Silva
Tempo: 2 min.

A defesa do coronel do Exército Marcelo Câmara, ex-assessor de Jair Bolsonaro, refutou as alegações de monitoramento ilegal do ministro Alexandre de Moraes nesta terça-feira (9). As afirmações foram feitas durante uma sessão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), onde Câmara é um dos réus em um caso relacionado a uma suposta trama golpista. Ele permanece preso desde junho e enfrenta várias acusações, incluindo organização criminosa armada.

Durante a audiência, o advogado Luiz Eduardo Kuntz reconheceu a relação próxima entre Câmara e Bolsonaro, mas enfatizou que o coronel exercia funções administrativas e que suas atividades eram baseadas em fontes abertas. Kuntz argumentou que as pesquisas conduzidas por Câmara foram feitas para garantir a segurança em encontros do ex-presidente e não configuravam espionagem. Além disso, a defesa negou a participação do militar em um suposto plano para atacar Moraes e outras autoridades.

O caso continua a ser analisado pelo STF, com outras defesas sendo apresentadas na mesma sessão. A Procuradoria-Geral da República (PGR) insiste na condenação de Câmara e outros cinco réus, que enfrentam acusações graves, incluindo tentativa de golpe de Estado. As implicações deste julgamento são significativas, dado o contexto político atual e as questões de segurança nacional em jogo.

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