Em Tegucigalpa, no dia 9 de dezembro, Salvador Nasralla, candidato de centro à presidência de Honduras, acusou seu principal oponente, o conservador Nasry Asfura, de ‘roubo’ de votos. A reivindicação ocorreu após a apuração de 99% dos votos, que mostrava uma ligeira vantagem para Asfura, que é apoiado pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Nasralla pediu uma recontagem das cédulas eleitorais, alegando manipulação do sistema eleitoral.
As denúncias de Nasralla não são isoladas; Rixi Moncada, outra candidata, também fez acusações de fraudes e questionou a legitimidade do processo eleitoral, afirmando que não reconhecerá os resultados das eleições de 30 de novembro. Ela se juntou a Nasralla ao criticar a falta de utilização do reconhecimento biométrico nas seções eleitorais, onde, segundo eles, houve preenchimento irregular das cédulas. O Conselho Nacional Eleitoral ainda analisa 2.749 relatórios de votos contestados, representando 14,5% do total.
A Justiça eleitoral de Honduras tem até o dia 30 de dezembro para anunciar o vencedor da eleição presidencial. A situação atual gera incertezas sobre a legitimidade do pleito e as possíveis repercussões políticas, especialmente em um cenário onde a esquerda, representada por Xiomara Castro, atualmente no poder, enfrenta desafios significativos. O desfecho dessas denúncias pode afetar tanto o cenário político interno quanto as relações internacionais do país.

