O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, abordou a grave situação da segurança pública no Brasil durante a CPI do Crime Organizado, realizada em 9 de dezembro de 2025. Ele enfatizou que o baixo orçamento disponível para promover ações de segurança é um dos principais impedimentos no combate ao crime organizado, destacando que “sem dinheiro, não se faz segurança pública”. O ministro apontou que a atual gestão tem promovido operações de sucesso, mas os recursos ainda são insuficientes para enfrentar a criminalidade de maneira eficaz.
Lewandowski detalhou que uma das propostas do governo para mitigar a falta de recursos é a constitucionalização do Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP), visando garantir verbas permanentes e livres de bloqueios. Ele mencionou que, embora o FNSP tenha acumulado R$ 2,4 bilhões em 2025, esse montante é considerado insuficiente para enfrentar o crime organizado. O ministro também elogiou o relator da CPI, que propôs um imposto sobre as apostas para financiar o combate às facções criminosas, buscando novas fontes de receita.
Para o futuro, Lewandowski reiterou a necessidade de um orçamento robusto e permanente, afirmando que “sem uma verba perene e substantiva, não é possível enfrentar o crime organizado”. Ele destacou que a integração das forças de segurança é essencial e que as operações estão focando em desmantelar as camadas superiores do crime. O ministro concluiu ressaltando a importância de se atuar dentro das limitações orçamentárias atuais e a relevância do diálogo entre os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário para aprimorar a segurança pública no país.

