O procurador-geral da República, Paulo Gonet, pediu nesta terça-feira a condenação de seis réus, identificados como o núcleo 2 da tentativa de manter Jair Bolsonaro no poder após as eleições de 2022. O julgamento ocorre no Supremo Tribunal Federal, onde Gonet afirmou que os acusados tinham plena consciência dos riscos associados às mobilizações que ocorreram antes do dia 8 de janeiro, quando a situação se agravou.
Durante sua sustentação oral, Gonet enfatizou que os réus receberam alertas suficientes sobre os riscos das mobilizações e, em vez de agir para contê-las, optaram por permitir a escalada do caos social. O núcleo 2, que inclui figuras como o ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, foi descrito como responsável por ações estratégicas dentro da organização criminosa, utilizando suas influências para tentar garantir a permanência de Bolsonaro no poder.
O desfecho deste julgamento pode ter repercussões significativas, uma vez que a condenação dos réus pode estabelecer precedentes sobre a responsabilidade de autoridades em ações que buscam desestabilizar a democracia. Além disso, a análise do caso pode afetar a confiança pública nas instituições e sua capacidade de lidar com tentativas de golpe, destacando a importância de uma resposta judicial firme em situações de crise política.

