O procurador-geral da República, Paulo Gonet, defendeu nesta terça-feira (9) a condenação de seis réus associados ao núcleo 2 da tentativa de manter Jair Bolsonaro no poder após sua derrota nas eleições de 2022. Durante a sustentação oral no Supremo Tribunal Federal, Gonet afirmou que o grupo, que inclui figuras como o ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal e um general da reserva, tinha conhecimento das mobilizações e dos riscos envolvidos.
Gonet caracterizou as ações do núcleo como “graves” e destacou que os acusados receberam diversos alertas sobre os potenciais riscos das mobilizações. Ele argumentou que, em vez de agir para prevenir a escalada do caos social, os réus optaram por permitir a continuidade das ações que culminaram em tentativas de intervenção militar. Essa postura, segundo o procurador, contribuiu para a caracterização dos réus como integrantes de uma organização criminosa.
O julgamento continua no Supremo Tribunal Federal, que já analisou outros núcleos envolvidos na tentativa de golpe. A acusação sustenta que os réus desempenharam papéis estratégicos, utilizando suas posições para influenciar diretamente as ações golpistas. O desdobramento desse caso pode ter implicações significativas para a política brasileira, à medida que se busca responsabilizar aqueles que tentaram subverter o resultado eleitoral de 2022.

