Os 27 países-membros da União Europeia aprovaram no dia 8 de dezembro um pacote para endurecer as regras de imigração, incluindo a criação de centros de deportação para pessoas com pedidos negados. Essa mudança, proposta pela Comissão Europeia, ainda requer a aprovação do Parlamento Europeu. O objetivo é lidar com as crescentes preocupações sobre a imigração ilegal, especialmente em um contexto de ascensão da extrema direita na Europa.
As novas regras permitem que Estados-Membros reconheçam e executem decisões de retorno emitidas por outros países da UE, criando um sistema mais ágil para deportações. Os imigrantes em situação irregular terão obrigações específicas e poderão enfrentar sanções severas, incluindo a possibilidade de prisão por descumprimento. Além disso, a proposta permite que imigrantes sejam enviados a terceiros países, desde que respeitadas normas internacionais de direitos humanos.
A aprovação gerou reações mistas entre os países membros, com a França questionando a legalidade das novas regras e a Espanha demonstrando ceticismo quanto à eficácia dos centros de deportação. Ativistas criticaram a iniciativa, argumentando que ela poderá agravar a vulnerabilidade dos imigrantes. O desdobramento das novas políticas indicará se a UE conseguirá equilibrar segurança e direitos humanos em um cenário cada vez mais desafiador.

