Tensões entre Poderes ameaçam agenda do Congresso antes do recesso

Fernanda Scano
Tempo: 1 min.

As tensões entre o Executivo e o Judiciário podem resultar em um esvaziamento significativo da agenda do Congresso Nacional nas próximas semanas, à medida que se aproxima o recesso parlamentar de fim de ano. O descontentamento dos congressistas, especialmente em relação à indicação de Jorge Messias ao Supremo Tribunal Federal (STF), que ignorou o nome de Rodrigo Pacheco, favorito entre os senadores, intensifica a crise política em curso.

Além das disputas internas, a insatisfação com o STF também se agrava em função de uma liminar do ministro Gilmar Mendes, que restringiu a prerrogativa da Procuradoria Geral da República (PGR) em solicitar o impeachment de magistrados. Se as dificuldades não forem superadas nos próximos dias, a atuação dos parlamentares deverá se concentrar apenas em propostas consideradas inadiáveis, como a análise do Orçamento e uma resposta à decisão da Corte.

Outras iniciativas, como a PEC da Segurança Pública e propostas de ajustes fiscais, podem enfrentar obstáculos adicionais diante do ambiente político conturbado. No entanto, existem esforços em andamento para que essas questões avancem ainda este ano, apesar da crise que permeia a relação entre os Poderes.

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