Candidata hondurenha contesta eleições e critica interferência de Trump

Carlos Eduardo Silva
Tempo: 2 min.

Rixi Moncada, candidata à presidência de Honduras pelo Partido Liberdade e Refundação (Libre), declarou neste domingo que seu partido não aceitará os resultados das eleições gerais, convocando protestos para o próximo fim de semana. A decisão surge após o Conselho Eleitoral Nacional (CNE) prorrogar a recontagem dos votos, em meio a um empate técnico entre os candidatos Nasry Asfura e Salvador Nasralla, ambos disputando a presidência em um clima de grande tensão política.

Durante uma coletiva de imprensa, Moncada afirmou que as eleições ocorreram sob a interferência de Donald Trump, que, segundo ela, ameaçou cortar a ajuda financeira a Honduras caso seu candidato, Asfura, não vencesse. A candidata também levantou questões sobre falhas no sistema de Transmissão de Resultados Eleitorais Preliminares, indicando que irregularidades comprometem a transparência do processo eleitoral. A falta de atualizações no site do CNE por dois dias contribuiu para a desconfiança em relação à condução das eleições.

Além das críticas ao processo eleitoral, Moncada condenou o indulto concedido por Trump ao ex-presidente Juan Orlando Hernández, ressaltando a necessidade de responsabilização por crimes relacionados ao narcotráfico. A situação política em Honduras continua instável, com a possibilidade de protestos e a crescente polarização entre os partidos. O desdobramento deste cenário poderá impactar significativamente a governança e a relação do país com os Estados Unidos.

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