O mercado financeiro brasileiro passou por um momento de intensa volatilidade após a confirmação da candidatura de um político à presidência em 2026, gerando reações imediatas no Ibovespa e no dólar. Na última sexta-feira, o índice registrou sua maior queda desde fevereiro de 2021, encerrando uma sequência de recordes que havia ultrapassado os 165 mil pontos. Esse movimento foi impulsionado pela expectativa de que o cenário político poderia impactar a possibilidade de cortes nas taxas de juros pelo Banco Central.
A reação do mercado é um reflexo da crescente incerteza em relação à competição eleitoral, com analistas sugerindo que a candidatura em questão pode prejudicar a oposição e favorecer a reeleição do atual presidente. O dólar disparou mais de 2% e os juros futuros também sofreram um aumento significativo, indicando que os investidores estão ajustando suas expectativas frente ao novo cenário político. Além disso, a próxima quarta-feira promete ser decisiva, com decisões importantes do Banco Central e do Federal Reserve que podem influenciar a recuperação do mercado.
Especialistas alertam que a instabilidade política pode continuar a impactar a confiança dos investidores, tornando difícil prever a trajetória do Ibovespa nos próximos meses. A combinação de um cenário político incerto e a necessidade de dados econômicos favoráveis colocam pressão adicional sobre os ativos de risco. Diante disso, os próximos dias serão cruciais para definir se o mercado conseguirá se estabilizar ou se entrará em uma fase de correção mais profunda.