Luis Niño de Rivera, cofundador da Mezcal Amarás, enfatiza a importância da preservação do agave enquanto a empresa se expande no mercado global de mezcal. O mezcal, uma bebida tradicional mexicana, tem visto um crescimento significativo, com uma estimativa de mercado global de US$ 1,121 bilhão para 2024 e um aumento anual esperado de 10% na próxima década. Apesar desse sucesso, a indústria enfrenta desafios relacionados à sustentabilidade e à escassez das plantas de agave.
As preocupações sobre a biodiversidade aumentam, especialmente nos nove estados produtores de mezcal no México, com 85% da produção concentrada em Oaxaca. A colheita de plantas silvestres e a diminuição de polinizadores, como morcegos, limitam a regeneração natural do agave. Além disso, a monocultura e a expansão do cultivo estão contribuindo para a perda de florestas, com mais de 60% da perda de vegetação em áreas-chave associada ao aumento da produção de mezcal nos últimos trinta anos.
Niño de Rivera argumenta que a sustentabilidade é fundamental para a saúde da indústria e dos agricultores. Com a instabilidade dos preços do agave, muitos produtores enfrentam dificuldades financeiras, o que pode levar à monocultura e acelerar a perda de biodiversidade. Para garantir a viabilidade econômica e ambiental, é essencial que a indústria encontre um equilíbrio entre crescimento e preservação, garantindo um futuro sustentável para a produção de mezcal.