O setor de logística no Brasil está passando por uma reconfiguração significativa, impulsionada pela recente reforma tributária e por mudanças globais na cadeia de suprimentos, de acordo com um estudo da consultoria Deloitte. A nova abordagem de cobrança de impostos no destino, em vez da origem, força as empresas a reavaliar suas operações, especialmente aquelas que se beneficiaram de incentivos fiscais em determinados estados. Essa adaptação pode impactar as margens de lucro e aumentar os custos logísticos, afetando setores chave como automotivo, alimentos e bebidas e eletroeletrônicos.
Além das questões tributárias, o estudo destaca seis forças que moldam o futuro do transporte de cargas, incluindo a tendência de operações mais próximas do consumidor, o crescente uso de tecnologias como inteligência artificial, e a entrada de novos competidores digitais. A digitalização se torna um fator crucial, com a expectativa de que o uso de sensores e dispositivos conectados dobre até 2030. Cerca de 75% das empresas estão testando IA generativa para otimizar rotas e reduzir custos, indicando a importância da tecnologia no setor.
Os especialistas enfatizam que a capacidade de adaptação e o investimento em tecnologia são essenciais para a competitividade das empresas de logística. A revisão constante das malhas logísticas e a colaboração em parcerias público-privadas em infraestrutura também são apontadas como estratégias vitais. Diante desse cenário desafiador, as empresas precisam estar preparadas para ajustar suas operações e integrar novas tecnologias para se manter relevantes.

