Neste domingo, Teerã confirmou que cerca de 50 iranianos estão programados para retornar dos Estados Unidos devido às restrições migratórias impostas pelo governo de Donald Trump. O porta-voz da diplomacia iraniana, Esmail Baghai, afirmou que os cidadãos devem chegar ao Irã nos próximos dias, possivelmente após uma escala no Kuwait. Esta medida se insere em um contexto mais amplo de limitações sobre a imigração de pessoas de 19 países considerados de alto risco, entre os quais se inclui o Irã.
Este retorno representa o segundo grupo de iranianos que é forçado a deixar os Estados Unidos nos últimos meses, com um total de 120 cidadãos já tendo voltado ao país em setembro. A decisão do governo Trump de suspender a análise de pedidos de residência ou naturalização para pessoas desses países foi anunciada após um ataque a tiros em Washington, ampliando as tensões já existentes entre as duas nações. Baghai comentou que as pressões sobre os iranianos parecem ser motivadas por questões políticas, desconsiderando as alegações das autoridades americanas sobre violações de imigração.
As relações entre Irã e Estados Unidos são tensas e inexistem formalmente desde 1980, quando a embaixada americana em Teerã foi invadida. A nova medida de restrição reforça o clima de desconfiança e hostilidade, que se intensificou ao longo dos anos, especialmente sob a administração Trump. As ações e declarações de ambas as partes continuarão a impactar a dinâmica regional e as políticas migratórias no futuro próximo.

