O governo federal mobilizou a Caixa Econômica Federal para assegurar um empréstimo de R$ 20 bilhões solicitado pelos Correios, após o Tesouro Nacional considerar excessivos os juros propostos por instituições financeiras. A necessidade de recursos é urgente, pois a estatal deve efetuar pagamentos do 13º salário e da folha de pagamento até o final de dezembro, evitando assim atrasos que poderiam prejudicar sua operação em um momento de alta demanda, como o Natal.
A Caixa, embora inicialmente hesitante, agora está disposta a negociar condições que atendam aos parâmetros estabelecidos pelo Tesouro, que limita a taxa de juros a 120% do CDI. Em contraste, as propostas anteriores de bancos privados solicitavam juros de até 136% do CDI, considerados abusivos pelo governo. Além do empréstimo, discute-se um aporte direto do Tesouro, mas a justificativa para tal medida enfrenta obstáculos legais e orçamentários.
A situação financeira dos Correios é crítica, com um déficit acumulado de R$ 6,1 bilhões desde 2022, e há uma urgência em implementar um plano de reestruturação que prevê investimentos significativos até 2026. O governo enfrenta um prazo apertado para resolver a questão até 20 de dezembro, caso contrário, sua capacidade de honrar compromissos financeiros pode deteriorar rapidamente, afetando a operação da estatal em um período crucial.


