Um estudo publicado na revista Science Advances revelou que os pensamentos intrusivos, comuns entre gestantes, podem ser uma janela para identificar transtornos de ansiedade no período perinatal. Esses pensamentos, que geralmente envolvem situações perigosas para o bebê, ocorrem frequentemente, mas raramente são compartilhados com profissionais de saúde.
Os “pensamentos intrusivos” são caracterizados por imagens e impulsos vívidos que surgem sem aviso, gerando desconforto. Segundo especialistas, a maioria das mães experimenta esses pensamentos, que não refletem a intenção de causar dano, mas são manifestações de medo e hipervigilância. É crucial que os profissionais de saúde abordem essas questões abertamente para normalizar a experiência e encorajar as mães a buscar ajuda quando necessário.
As implicações desse estudo são significativas, pois indicam que a triagem para saúde mental deve ser integrada ao pré-natal. Isso inclui a identificação de fatores de risco e o suporte emocional necessário para a mãe, que é essencial para o bem-estar do bebê e da família. O tratamento pode envolver terapia cognitivo-comportamental e, em casos mais graves, medicamentos, sempre com acompanhamento médico adequado.

