Nesta sexta-feira, 5 de dezembro, os contratos futuros de petróleo fecharam em alta, impulsionados por um impasse nas negociações de paz entre a Rússia e a Ucrânia, e pela continuidade de conflitos envolvendo os Estados Unidos e a Venezuela. O petróleo WTI para janeiro teve um aumento de 0,69%, enquanto o Brent para fevereiro subiu 0,77%, evidenciando a volatilidade do mercado diante dessas tensões geopolíticas.
Analistas da consultoria Ritterbusch destacam que a situação no Mar Negro continua a ser uma preocupação central para os investidores. O presidente russo, Vladimir Putin, resiste a abrir mão de suas reivindicações territoriais, o que pode levar a um aumento nos ataques a infraestruturas petrolíferas na Rússia, sustentando os preços do petróleo no curto prazo. Contudo, a produção em outras regiões pode pressionar os valores para baixo no longo prazo.
Além disso, o G7 e a União Europeia estão discutindo a possibilidade de substituir o teto de preço sobre as exportações russas por uma proibição total de serviços marítimos, buscando limitar a receita do petróleo. Enquanto isso, Putin reafirmou o compromisso de manter os embarques de petróleo para a Índia, mesmo sob sanções. As tensões persistentes entre os EUA e a Venezuela também contribuem para um cenário de incerteza no mercado energético.

