No dia 4 de dezembro, senadores americanos assistiram a um vídeo que documenta o ataque da Marinha dos Estados Unidos a uma embarcação suspeita de narcotráfico. A filmagem revela dois sobreviventes agarrados a destroços, que foram mortos em um segundo bombardeio, levantando sérias preocupações sobre a legalidade da ação militar, que ocorreu em 2 de setembro no Mar do Caribe.
As imagens foram apresentadas em meio a uma investigação sobre possíveis crimes de guerra, uma vez que a Convenção de Genebra proíbe ataques a náufragos e pessoas em situação vulnerável no mar. Os senadores expressaram alarmes sobre a conduta dos oficiais militares, que poderiam ter desrespeitado normas internacionais ao realizar o segundo ataque. O presidente Donald Trump, na época, defendeu a operação como uma medida contra narcoterroristas, mas a divulgação do vídeo trouxe à tona um debate moral e legal sobre a ação militar.
A situação se complica com a pressão crescente sobre o governo para justificar a operação, especialmente após a revelação de uma suposta ordem para eliminar todos os ocupantes do barco. À medida que a discussão avança, especialistas em direito internacional e legisladores se mobilizam para avaliar as implicações legais dos ataques, destacando a necessidade de supervisão do Congresso em operações militares dessa natureza. A resposta do governo e os próximos desdobramentos podem ter consequências significativas para a política externa dos Estados Unidos e suas operações militares no Caribe.


