Em uma decisão controversa, o Comitê Consultivo sobre Práticas de Imunização (ACIP) dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA votou, no dia 5 de dezembro de 2025, para remover a recomendação de vacinação contra hepatite B para todos os recém-nascidos. A nova diretriz sugere que a vacina seja administrada apenas a filhos de mães portadoras do vírus ou em situações em que o estado da mãe é desconhecido, deixando a decisão para as famílias e médicos em casos restantes.
A mudança foi recebida com forte oposição de especialistas em doenças infecciosas e saúde pública, que afirmam que a medida coloca milhões de crianças em maior risco de complicações graves, como doenças hepáticas e câncer. Representantes de várias organizações médicas expressaram preocupação, afirmando que a decisão representa uma quebra de confiança nas diretrizes baseadas em evidências que historicamente moldaram as políticas de vacinação nos Estados Unidos.
As implicações dessa nova abordagem são preocupantes, pois podem aumentar a taxa de infecções evitáveis entre crianças e criar confusão entre famílias e profissionais de saúde sobre o calendário de vacinação. Especialistas alertam que essa fragmentação nas políticas de vacinação pode resultar em taxas variadas de doenças em diferentes estados, complicando ainda mais o cenário de saúde pública no país.


