O advogado e professor Carlos Portugal Gouvêa foi detido na última sexta-feira, 5, em Massachusetts, Estados Unidos, após ser acusado de disparar uma arma de chumbinho em um incidente ocorrido em outubro. Gouvêa, que lecionava Direito na Universidade de Harvard, teve seu visto revogado pelo governo americano, que justificou a ação com base na alegação de que o ocorrido foi um ato antissemita. O professor declarou que não tinha conhecimento da proximidade de uma sinagoga e que usava a arma para caçar ratos na área.
Além de sua atuação em Harvard, Gouvêa é professor de Direito na Universidade de São Paulo (USP) e possui doutorado pela mesma instituição, tendo atuado também como pesquisador em Yale. Ele fundou o Instituto Sou da Paz, que busca promover a segurança no Brasil e combater o crime, e é presidente da IDGlobal, um centro de estudos socioambientais. A relevância do caso se intensifica não apenas pela notoriedade de Gouvêa, mas também pelo contexto de tensões sociais envolvendo questões de segurança e discriminação.
As implicações do incidente se estendem além de Gouvêa, levantando debates sobre a segurança em áreas próximas a instituições religiosas e o impacto das ações individuais em comunidades. O fato de não ter havido feridos pode ter atenuado a gravidade inicial da situação, mas as consequências legais e profissionais para o professor são significativas. À medida que o caso avança, a atenção se volta para o desdobramento da sua situação legal e a discussão sobre a relação entre segurança pública e liberdade individual.


